---- SONETO ----
Um dia, sentados mesmo à beira mar,
Não na areia mas no rochedo.
Estaríamos distraídos a falar,
Uma onda nos encheu de medo.
Assim, tão inundados que ficámos,
Escorregando sobre um penedo.
E no momento que nos agarrámos,
Me pareceu que descobri o segredo
Senti o teu contacto e a tua voz,
Senti que algo bateu dentro de nós,
Avistando o mar, mais agitado.
Aquelas ondas sempre num vai vem,
Fizeram despertar em mim também,
A origem do amor, sem pecado.
Mouriscas, Novembro de 2007 Joaquim António de Matos
XXX
PRECEITOS A PRECONIZAR NA LITERATURA PORTUGUESA
Se bem me lembro, refiro-me hoje a um grande literato português e quando a televisão era ainda a preto e branco, já lá vão naturalmente uns bons anos.
Se bem me lembro, esse senhor professor teria o nome de Vitorino Menézio. Na minha qualidade de aluno me ficaram em memória algumas explicações que esse Senhor Professor nos fazia compreender em pormenor – os grandes preceitos a preconizar com bases existentes na nossa Literatura Portuguesa.
Os seus programas televisivos eram escutados atentamente por muitos milhares de portugueses, visto que as suas correcções linguísticas se revestiam de um interesse extraordinário. Ele próprio lembrava as mudanças do tempo e das épocas, algumas anteriores, mas projectava mais as suas explicações linguísticas para o presente e daí para o futuro.
Tanto quanto me lembro era evidentemente um homem de grande talento, um cronista literato inesquecível, pois as suas convicções eram sempre fundamentais e realistas.
Daí para cá algumas correcções Luso Brasileiras se tem verificado em convergência com o tempo que corre no seu dia a dia.
Mouriscas, Novembro de 2007
Joaquim António de Matos
Comentário ao post CONCENTRAÇÃO ASSOCIATIVA / DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E ALGO MAIS às 18:25, 2007-12-09.
Sr. B . Sério,
Este tema tem surgido no Blog, de forma mais ou menos intervalada, sem que tenham sido alcançados quaisquer resultados práticos.
Pegando nas opiniões que foram sendo apresentadas no Blog parece-me que uma hipotética solução para o olival das Mouriscas terá que passar:
1 - Pela fusão das duas Associações existentes, fusão que deverá ser feita sem dramatismo.
2 - Convidar os restantes intervenientes deste ramo de actividade mourisquense a aderir a esse projecto de fusão, ou seja concentrar toda a actividade olivícola da Freguesia numa única organização.
3 - Conseguida a reunificação das estruturas existentes deveria estudar-se quais as que reúnem melhores condições para a moagem da azeitona, para o engarrafamento do azeite e para o aproveitamento do bagaço da azeitona.
4 - A organização que viesse a ser constituída deverá ter uma vertente comercial (exposição e venda de azeite engarrafado) e a respectiva marca.
5 - Para que uma fusão desta natureza pudesse vingar era preciso mandar avaliar o valor patrimonial das estruturas que concordassem aderir a tal projecto. Poder-se-ia formar uma sociedade por quotas, ou outro modelo de organização. Esta Sociedade deveria ser aberta a outras entidades ou particulares, que estivessem interessados em investir no ramo.
6 - Na eventualidade de alguma das estruturas que pretendesse aderir já não apresentar boas condições técnicas fabris poderia a mesma ser aproveitada para superfície comercial do azeite, exposição, museu de peças antigas de lagar e a um bom restaurante típico (Lagarada).
Cumprimentos,
Leitor
A definição mais esclarecedora que encontrámos para a designação de VIDENTE, foi a de pessoa capaz de prever tudo o que vai acontecer e em seguida explicar tudo porque é que não aconteceu nada.
Tem isto a ver com os indiscutíveis conhecimentos de Douto Senhores que nas alturas da sua Cátedra e com uma precisão Quântica, operando a partir de Tecnologias Digitais, são capazes de afirmar como a única opção sustentável para uma Sociedade ultra desenvolvida, a de concentrar em modernos e alargados Espaços Urbanísticos, dotados de sofisticadas infra estruturas, e até servidos por refinadíssimas redes de profissionais para serviços não especificados nas modernas listas de profissões – de concentrar repetimos - toda a população dispersa pelos mais insuspeitos recantos do País, para em seguida outros não menos dotados virem afirmar que tamanha burrice está conduzindo o homem a uma tragédia sem precedentes.
A. Sério
APLAUSO ! SAUDAÇÕES !
Excluindo os participantes que aderiram à constituição do nosso blogue, e salvo lapso ou esquecimento da nossa parte, têm-se dignado participar com algo de seu nesta causa comum que estamos confrontando e que se chama MOURISCAS, os seguintes conterrâneos e amigos sensíveis à situação em que estamos envolvidos:
A. M. SILVA LOURO
CARLOS BENTO
QUINTINO PARDAL
JOSÉ FONTINHA
MARIA F.
“ZÉ MOURA”
“MARIA ELVIRA”
PATRÍCIO SILVA
SUSANA O ALVES
ISABEL SILVA
E mais um punhado de ANÓNIMOS que não se tendo identificado, esperamos que posteriormente o venham a fazer.
A todos estes arautos do desejável processo de relançamento social das Mouriscas, que ignoraram possíveis situações de distanciamento, um momento e um gesto de gratidão em nome de MOURISCAS e do seu POVO.
A Redacção
Evidentemente que perante a nossa auto insuficiência de meios e condições que nos garantam alguma sustentabilidade de vida socialmente organizada, o nosso melhor papel seria identificá-la tão bem quanto possível, e em seguida confrontar e vencer a “Pantera”. Todavia como nem a todos é possível participar neste jogo de uma forma tão directa, naturalmente que o seu descrever daquilo que vêem e sentem e o transmitir do seu desejo de que se faça alguma coisa pela situação é igualmente um procedimento responsável e honesto, embora muitas vezes caindo na tentação de se afastarem um pouco da realidade existente e entrarem em áreas de interesse um tanto duvidoso. De qualquer modo, de não pôr em causa as suas honestas intenções.
Se porém tais áreas de interesse duvidoso, e tantas vezes algo mais que isso, são intencionalmente manipuladas para justificar méritos que não existem, e acima de tudo para o desviar das atenções, esforços e empenhos exactamente das áreas fundamentais e decisivas, então estamos na presença de uma situação delicada. Confrontar esta variável emergente da situação inicial, é algo que merece uma consciencialização dos Mourisquenses responsáveis e esclarecidos. Cuidado! Olho na armadilha!
B. Sério