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Terça-feira, 23 de Outubro de 2007
“OS MOURISQUENSES NEM TODOS SE CONHECEM”

Efectivamente será fácil acreditar... Pois a minha / nossa Freguesia tem uma área muito alargada territorialmente, dentro da qual foi sendo edificada em vários núcleos esta Terra Sagrada. – Que assim seja e para sempre!

O conteúdo desta narrativa vem pura e simplesmente de uma pergunta que fiz de uma forma muito natural a um jovem de 11 anos de idade. Ei-la: - Quem és tu?; Resposta imediata – Não sei!

Fiquei surpreendido pelo fundamento que na sua essência a resposta significou para mim. Disse-me o seu nome completo, cujo nome próprio é Ivo, o seu pai é Mourisquense e a sua mãe de Entre Vinhas, actualmente residentes em Lisboa. Este jovem com 11 anos de idade passou este ano para o 6º ano unificado.- Parabéns para o Ivo.

Para além do horizonte imaginário, fez-me lembrar o poeta que escreveu: “Eu não sei quem sou, nem donde venho, nem para onde vou”.

Bem isso é de considerar muito normal - Quem é que não tem no seu dia a dia essa incerteza, não só nesta terra como em qualquer lugar?

Como base fundamental recordo ainda a dita pergunta – Quem és tu? Não sei! Mas logo a seguir falou-me do estudo e tudo o mais com muita naturalidade, já me parecia então um adulto a conversar, embora até ali não tivéssemos qualquer convívio.

Este jovem que me pareceu esconder alguma coisa, tê-lo-á feito sensatamente ou por mero acaso quando lhe fiz a referida pergunta a cuja resposta achei alguma graça.

Mas, como os Mourisquenses nem todos se conhecem... como é o caso de alguns que até serão amigos, não irei para além dos comentários que me forem dirigidos dentro dos seus limites.

No fundo também pretendo ser transparente, mas ao mesmo tempo sem duvidar se serão adultos ou não, se serão formados ou reformados ou não, se estudaram em Mouriscas no tempo da ilustre família Santana Maia ou não, ou se serão simplesmente antagónicos.

Este pequeno Grupo Administrador do Blogue pretende como objectivo fazer algo que de algum modo possa ser útil para a nossa Terra. – Vamos em frente? Ou não?

Eu, abaixo-assinado, declaro que só tenho o exame do 2º grau ou seja a 4ª classe como dantes se chamava.

O desenvolvimento, embora reduzido, sobre a ilustre família Santana Maia, expoente máximo do processo evolutivo em Mouriscas, vem no primeiro capítulo do meu livro “Espaço de Memória” – Eis o meu pequeno contributo, somente não esqueci. O resto compete a outros, como dever e obrigação.

 

                              Mouriscas 16 de Agosto de 2007

 

                           Para o Patrício, um abraço.

 

                                                                                Joaquim António de Matos



publicado por mouriscasmovimento às 22:45
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...

        (À MESA DO DIÁLOGO COM OS NOSSOS LEITORES) Observação ao comentário do nosso conterrâneo Snr. Patrício Silva.

Com as nossas cordiais saudações pela atenção que vos mereceu o citado artigo, e com o devido respeito pelas considerações que lhe tece, permita-nos apenas uma palavra que talvez ajude um pouco a compreender o nosso envolvimento no blogue que vamos “dando à estampa”. Sucede que nós não temos nenhuma varinha mágica que solucione o que seria desejável, também não somos heróis nem magnatas da finança com que consigamos os referidos resultados, enfim não poderemos fazer muito mais do que aquilo que estamos fazendo, e muito menos de um dia para o outro, tudo dependendo do apoio e adesão que se vá registando.

 

Desejaríamos então que isto merecesse a devida compreensão dos nossos leitores e em especial daqueles que desejariam ver umas novas Mouriscas já na próxima Primavera.

 

                             Cordialmente

                                                                                 B. Sério

 



publicado por mouriscasmovimento às 22:44
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Domingo, 14 de Outubro de 2007
MOURISCAS NO SEU DIA-A-DIA

XXVII

No desenvolver desta rubrica, deseja-se esclarecer que este autor mourisquense, não tendo participado pessoalmente no historial desta freguesia em épocas tão remotas como nalguns casos se descreve, teve no entanto acesso aos seus relatos por pessoas desse tempo, na medida em que desde muito jovem começou no exercício da sua actividade profissional, a conversar com pessoas idosas e com recordações dum passado distante.

Para além dos seus conhecimentos ou reflexos em memória, também não consta tudo o ocorrido enquanto era jovem, aliás mais que compreensível. Assim, ao pretender referir algumas lendas que por norma eram antiquíssimas e sem o conseguir, se solicita aos Mourisquenses que tenham conhecimento de algumas lendas relativamente a Mouriscas, ou outros assuntos, a sua correcção ou aditamento.

Continuando, pensamos que este nome de Mouriscas tenha origem “Mourama” de povos que aqui se encontraram com os celtiberos, proporcionando assim a nossa raça. – Mas outros factores específicos e de interesse serão fundamentais, para desenvolver aqui, por via Internet, neste Blog, “Mouriscas em Movimento”.

É com muita gratidão que aceitamos por escrito tudo o que se relacione com lendas da nossa Terra.

Pode, se o pretender, enviar os seus conhecimentos sobre o assunto para, Apartado 9 – 2200 Mouriscas 

 

                                                                      Joaquim António de Matos



publicado por mouriscasmovimento às 15:45
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Segunda-feira, 1 de Outubro de 2007
Mensagens dos leitores (43)

Comentário ao comentário À MESA DO DIÁLOGO COM OS NOSSOS LEITORES às 22:00, 2007-09-18.

Comentário:
Caros conterrâneos B . Sério e Patrício Silva,

Também eu estou estupefacto com mais este desencontro entre mourisquenses !... A presente situação espelha bem a divisão existente na terra, que poderá ser traçada por motivos políticos e geográficos, mas existem outros. Efectivamente parecem existir dois modelos antagónicos de mourisquenses . Existe o que pensa e deseja que a Freguesia progrida, e o outro que tem medo de qualquer mudança e acha que tudo deve ficar como está!... Não vivo na terra, pelo que me escaparão algumas das vicissitudes do dia-a-dia, mas pessoalmente estarei inclinado em pensar que a terra precisa de mudança, e isto não significa que "se tenha de por de lado o que quer que seja", pelo que me parecem infundados os receios do Sr. B . Sério. O facto de nunca no passado se ter tentado enveredar pela via que foi proposta, também poderá justificar, em parte, como se chegou à situação actual. O tipo de povoado característico das Mouriscas não é inibidor de desenvolvimento , antes pelo contrário. Imagine-se que todas as casas em ruínas, ou em vias disso, existentes nas Mouriscas eram reconstruídas e habitadas?1...estou a falar de várias dezenas de fogos, como todos saberão. Se isso fosse conseguido, daria trabalho a muita gente, aumentaria o comércio existente, seria um factor que poderia inverter a desertificação da terra e seria benéfico em muitos outros aspectos que nem sequer vou enumerar. Não estamos a descobrir nada de novo, apenas é preciso iniciativa e arriscar alguma coisa, pois sem isso nada se consegue.

Cumprimentos,

Leitor (XIII)



publicado por mouriscasmovimento às 00:41
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Mensagens dos leitores (42)

Comentário ao post À MESA DO DIÁLOGO COM OS NOSSOS LEITORES às 13:07, 2007-09-15.

Comentário:
Sr B .Sério:

Este será o último comentário que envio ao Blog "Mouriscas em Movimento", que em minha opinião talvez deva mudar o nome para "Mouriscas sem Movimento". "À MESA DO DIÁLOGO COM OS NOSSOS LEITORES " não passa de um monólogo e um tremendo equivoco! Todos sabemos que o renascimento do tecido económico das Mouriscas (por pequenino que fosse) não passa pela acção dos elementos que formam, ou formaram um Blog, muitos dos quais nem sequer dão a cara, mas sabemos que existem e influenciam o que se vai escrevendo. Dizia eu, no meu último comentário, que se entrava em Agosto com uma esperança ténue de ver lançado um movimento de vontades para romper com a inércia colectiva dos mourisquenses, julgando estar a ir ao encontro da corrente de opinião do próprio Blog (leiam-se vários artigos escritos pelo Sr. B. Sério a esse respeito). Estava completamente enganado!... Que o Presidente da Junta de Freguesia entenda que os problemas que nos afectam (sobretudo na área de maior produção e criação dalguma riqueza na terra) não lhe diz respeito, só poderá ser explicado pelas conivências políticas actuais. Algum desenvolvimento económico que houvesse, ainda que em pequena escala que fosse, arrastaria o bem-estar social dos mourisquenses . Contudo são os três últimos parágrafos do artigo publicado em 29/08/2007 que surpreendem e decepcionam, porque são um "autêntico travão a fundo" em qualquer vontade de mudança. São uma epopeia ao imobilismo existente! Afinal escreve-se há meses no Blog que é preciso uma maior intervenção dos mourisquenses no sentido de levar a cabo acções práticas na terra, que não se deveria esperar que outros nos venham ajudar, que os mourisquenses estão desunidos, que deveriam/poderiam ser desenvolvidas várias ideias apresentadas pelos leitores, etc. Tudo isto para quê se é o próprio Blog que acabou por dar esta "cambalhota". O Blog "Mouriscas em Movimento" deu uma volta de 360 graus. Estamos no ponto de partida e já passaram vários meses!...como acima sugeri adoptem o nome "Mouriscas sem Movimento" e escrevam mais artigos do género do que foi publicado em 29/08/2007. As Mouriscas estão bem e recomendam-se, pois temos sempre a A23 para se chegar rápido a Abrantes e Lisboa. Também temos as Festas de Verão, "à fartasana", para beber umas boas imperiais. Depois ainda há os incêndios e incendiários para nos divertirem, porque arrastam para aqui os aviões e helicópteros o que acaba por dar uma imagem movimentada da terra. Despeço-me de forma cordialmente triste, exortando os mourisquenses a promover o Blog "Mouriscas - Mudança Urgente".

Patrício Silva



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Mensagens dos leitores (41)

Comentário ao post MOURISCAS NO SEU DIA-A-DIA às 11:40, 2007-09-13.


Caro Joaquim,

A agricultura mas Mouriscas já deu o que tinha a dar, há muito tempo! Agora, quanto muito poderá existir alguma agricultura familiar, de subsistência e como complemento à economia doméstica de cada família. Nas Mouriscas impera o minifúndio, serão poucas as parcelas com mais de 5 hectares, que seriam a área mínima para se semear/plantar qualquer coisa de forma rentável. Ainda se os Mourisquenses fossem unidos e formassem uma qualquer associação agrícola para fins de produção e comercialização de um determinado produto (ex. azeitona, figo preto, pomar, etc.). Não existe união para nada disso. Não tenhamos ilusões quanto ao futuro da agricultura (completo abandono dos campos), que de vez em quanto está na origem dos grandes incêndios devoradores de mato, olival, pinhal e até casas. Longe vão os tempos dos cerca de 30 lagares de azeite, das destilarias de aguardente de figo, dos campos de trigo e da debulhadora do mesmo que todos os anos estacionava nas Mouriscas, das moagens de cereais, das descamisadas, etc. Agora os Mourisquenses dedicam-se mais às Festas de Verão. Há-as para todos os gostos e fins, nos mais diversos lugares. Alimentam-se assim algumas Associações e vaidades pessoais dos senhores que as organizam. Já agora gostaria de deixar a pergunta: "tantas festas para quê, e o que festejam"?!...alguém me sabe responder?!

Saudações.

Conterrâneo



publicado por mouriscasmovimento às 00:39
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