VIÁVEL OU UTOPIA ?
Vamos tentar abordar o assunto tanto quanto a habilidade nos permitir, não obstante já nos termos referido a este, em termos semelhantes.
Que estamos em situação empobrecida de meios humanos e materiais é um facto, já o sabíamos antes de ter sido feito o LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES DE MOURISCAS, o que não invalida o mérito e o alcance desse trabalho, bem pelo contrário, mas também é um facto que essa situação tem sido algo que até aí ninguém se preocupou em encaixar num processo de tratamento dirigido a uma solução possível ou pelo menos apontada como realista.
Nós, o grosso dos Mourisquenses, para sobrevivermos economicamente, vamos buscar os meios que necessitamos aos mais diversos recantos do País e fora dele, o que a bem da verdade hoje é uma prática mais corrente que no passado, devido ao encurtamento e supressão das distâncias, mas mesmo assim é ponto assente que não nos bastamos em meios de sobrevivência como povo que somos e que como todos os restantes necessitamos sobreviver. Este é o ponto a ter bem presente no processo que estamos a tentar situar em termos de consciencialização colectiva.
Será isto uma condenação a que não poderemos fugir? Será o destino? Haverá forma de o ultrapassar?
Vejamos. - Para uma boa parte da nossa gente, deverá ser o Estado a desenvolver e criar os meios que necessitamos, para outros tantos deverá ser o Município local a providenciar as condições de desenvolvimento necessárias, e para uns tantos mais será esse o papel que cabe à Junta de Freguesia.
Naturalmente tudo isto muito certo e muito bonito de dizer, principalmente quando encaixado em tiradas de oratória arrebatadoras e de fino recorte literário ou eloquente.
Conseguiremos no entanto deste modo resolver a situação que temos? Ultrapassaremos assim o buraco das nossas insuficiências?
Tentaremos nos próximos números avançar algo mais sobre este delicado assunto.
B. Sério