VIÁVAL OU UTOPIA
VIII
Congratulamo-nos com as referências do nosso conterrâneo, Sr. Silva Louro, à actividade económica em Mouriscas, que entendemos condicionante de todas as restantes, no seu artigo “Mensagens dos Leitores (5)” de 15 de Outubro passado.- Os nossos aplausos! É assunto que a todos diz respeito!
Do citado artigo vamos referirmo-nos apenas à sua opinião sobre a existência de duas Cooperativas Olivícolas, mais propriamente dois lagares de azeite, que a seu ver, diz negativa.
Pensamos que é assunto a merecer um pouco mais de atenção em termos de se equacionar, por um lado as vantagens que venham ou viriam a resultar na sua concentração numa única Associação / lagar, e por outro as respectivas desvantagens.
Entendemos que uma abordagem, por parte das pessoas mais ligadas a esta actividade, a estas duas cadeias de vantagens e desvantagens poderia ajudar muito a um conceito da situação mais solidamente documentado, poderia mesmo trazer conclusões muito válidas inclusive na eventual existência de um exagerado apego ao conceito de concentração, que pensamos:- Proveitosa até que ponto ? Ou da negatividade do nosso próprio reparo à sugestão apresentada.
Adicionalmente observamos que acharíamos até desejável o aparecimento de uma terceira unidade, esta naturalmente não associativa, destinada ao aproveitamento dos bagaços resultantes, que consta chegarem a conter 12% de azeite, ou seja, mais daquilo que o olivicultor recebe pela moagem da sua azeitona que aliás é devidamente paga em euros, e para além disto o comércio e aproveitamento de bagaços de localidades vizinhas, eventual engarrafamento e comércio de azeite, etc. etc.
Enfim, dados naturalmente de interesse à formação de ideias mais amadurecidas, que em nada invalidam a opinião do Sr. Silva Louro, bem pelo contrário.
B. Sério